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Previ vende Le Méridien do Rio por R$ 170 milhões

24-06-2009 01:34

Previ vende Le Méridien por R$ 170 milhões

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil fechou a venda do tradicional hotel carioca Le Méridien à rede Windsor, por cerca de R$ 170 milhões em diversas parcelas, num acordo descrito como "inovador" por pessoas que acompanharam de perto a negociação. Com mais de 30 anos de existência, o prédio precisará ser reformado, o que poderá custar mais R$ 60 milhões à nova proprietária.
 
 
 
 
O processo de venda do Le Méridien já durava sete meses e atraiu um total de 12 interessados, dos quais quatro passaram para a segunda fase de negociação. A Windsor saiu vencedora após concorrer com a rede hoteleira espanhola Iberostar, a construtora WTorre e a mineradora Vale - no caso da Vale, o objetivo era adquirir o hotel para transformá-lo na sede da companhia, mas foi constatado que a conversão do prédio não seria possível, segundo fontes. A venda foi intermediada pela consultoria imobiliária Newmark Knight Frank. Com a venda do hotel carioca, a Previ alivia as dores de cabeça com pelo menos um dos negócios que têm em hotelaria - os outros são a Costa do Sauípe, na Bahia, e o Palácio Tangará, um hotel em São Paulo cuja construção foi abandonada em 2001. O fundo de pensão também colocou Sauípe à venda no ano passado, mas não conseguiu viabilizar nenhum negócio. O empreendimento acumula prejuízo há anos. O Le Méridien está fechado desde 2007, quando a Previ e a Iberostar, operadora que havia sido escolhida anteriormente para gerir o hotel, entraram num impasse sobre as reformas no local. Agora, o empreendimento, que é uma importante referência para a hotelaria carioca, fará parte de uma rede que é pouco conhecida fora do Rio de Janeiro, mas que discretamente tornou-se a maior em número de empreendimentos na cidade. Controlada pelo espanhol José Oreiro Campos, a Windsor tem dez empreendimentos no Rio e cresceu comprando propriedades, algo diferente da maior parte das operadoras hoteleiras, que apenas administram os hotéis. Segundo informações divulgadas na imprensa, o empresário também é dono de restaurantes e casas noturnas. Extremamente avesso a holofotes, Oreiro é conhecido por encontrar soluções pouco usuais para viabilizar seus negócios. Diogo Canteras, sócio da consultoria hoteleria HVS, o descreve como "um gênio". Há também quem o descreva como "um mágico, com direito a fumaça e espelhos". A Previ não comentou a venda e nenhum porta-voz da Windsor foi encontrado.
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