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Procurador-geral acusa Merrill Lynch de pagar bônus a executivos com dinheiro público

11-02-2009 16:11

 

11/02/2009 - 16h04

Procurador-geral acusa Merrill Lynch de pagar bônus a executivos com dinheiro público

 
Da Redação UOL
Em São Paulo
 
O procurador-geral de Nova York, Andrew Cuomo, acusou executivos do Merrill Lynch de "irresponsabilidade corporativa" por pagarem, em segredo, bonificações no valor de US$ 3,6 bilhões enquanto o banco se beneficiava de ajuda estatal.

Cuomo fez a acusação em carta ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes (Deputados) dos Estados Unidos, que realizou hoje uma audiência sobre a maneira como os bancos gastaram os mais de US$ 160 milhões do pacote de resgate do governo.

"Aparentemente, em vez de divulgar seus planos de gratificações de forma transparente, tal como lhes foi pedido, (os bancos) atuaram em segredo mudando as datas para (receber) essas gratificações e recompensaram executivos que haviam fracassado".

Segundo o procurador, quatro executivos do banco receberam sozinhos um total de US$ 121 milhões em bônus.

Cuomo ressalta também que esse banco de investimentos "nunca tinha entregado essas gratificações em uma data tão antecipada. O momento escolhido pelo Merrill (Lynch) (...) foi antes de anunciar seu horrível quarto trimestre e de completar sua absorção pelo Bank of America".

No Congresso
Em Washington, a Câmara recebeu dirigentes dos bancos Bank of America, Bank of New York Mellon, Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Morgan Stanley, State Street e Wells Fargo para dar satisfações sobre o dinheiro público gasto pelas instituições. Os banqueiros não foram poupados de críticas pelos congressistas e manifestaram arrependimento pelo uso que fizeram da cifra bilionária do plano de resgate.

A opinião pública americana tem demonstrado fúria contra os grandes bancos que receberam apoio federal após denúncias de que parte dos empréstimos teriam sido gastos em reuniões fora das dependências das empresas e na decoração de escritórios.

A sessão do comitê presidido pelo comunicado democrata Frank Barney, os banqueiros afirmaram em declaração por escrito que não usaram o dinheiro do plano de resgate para pagar bônus e que, de fato, estavam cortando salários. O representante do JP Morgan Chase, Jamie Dilon, justificou os gastos afirmando que houve maior volume de dinheiro emprestado aos clientes no último trimestre de 2008, mesmo com a redução de gastos dos consumidores.

"Muita gente acredita e, em muitos casos, justificadamente, que o Wall Street perdeu a noção de suas obrigações com o país e permitiu certas tendências e práticas que tiraram a estabilidade do sistema financeiro", o presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, ao comitê legislativo.

Outro executivo, Robert P. Kelly, do Bank of New York Mellon, prometeu um "ótimo retorno ao investimento dos contribuintes".

(Com agências internacionais)

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