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Segmento de Construções industriais volta a crescer desde março

24-06-2009 01:12

Segmento de Construções industriais volta a crescer desde março

Depois de um primeiro trimestre fraco, sem menção a novos projetos, o mercado de construções industriais começa a dar os primeiros sinais de reaquecimento. Empresas como Colgate-Palmolive, Kopenhagen e Boticário partem para a construção de novas unidades ou de grandes centros de distribuição. A Bracor, empresa que tem como sócio o megainvestidor imobiliário americano Sam Zell, fechou contrato com a Colgate para a construção da fábrica e do seu maior centro de distribuição da América Latina, que somarão uma área de 65 mil metros quadrados de área construída - num dos poucos projetos sob medida (build-to-suit) feitos este ano no mercado.
A nova unidade ficará no parque industrial de 120 mil m2 que a Bracor está estruturando em parceria com a EcoRodovias na confluência da Imigrantes e a porção sul do Rodoanel, em um investimento total de R$ 120 milhões. Há um mês, a Bracor entregou a fábrica brasileira da Firmenich, multinacional suíça de perfumes e aromas. A Bracor fatura R$ 200 milhões (dado anualizado, considerando a receita mensal atual), mas não informa dados do ano passado. O grupo Advento, que possui quatro empresas do setor industrial, incluindo a construtora Serpal, também estão nessa área: a empresa está fazendo o novo centro de distribuição do Boticário, em um projeto de R$ 85 milhões, em Registro (PR); a fábrica da Kopenhagen em Extrema, sul de Minas (cujo investimento é de R$ 70 milhões); e a ampliação do Shopping Higienópolis, em São Paulo, que terá nova ala de 33 mil metros quadrados, em um negócio de cerca de R$ 50 milhões. No primeiro trimestre, o grupo Advento, que tem o Credit Suisse como acionista minoritário, cresceu 27% em relação ao mesmo período do ano passado, justamente por conta dessas obras. Para o ano, a estimativa é fechar com faturamento de R$ 800 milhões, contra R$ 580 milhões em 2008. A Racional Engenharia está terminando o Shopping Vila Olímpia, projeto mais antigo, com entrega prevista para outubro, mas está negociando dois contratos novos na área de bens de consumo. A empresa vendeu R$ 620 milhões no ano passado e a estimativa para este ano é ficar em R$ 540 milhões. Na mesma linha, a Método Engenharia está conseguindo compensar a paralisação de grandes obras industriais com uma área batizada de "fast", cujas obras (a maioria reforma) ficam prontas em 45 dias. A divisão respondeu 25% da receita da Método em 2008: R$ 122 milhões do total de R$ 488 milhões e deve manter os mesmos patamares este ano. Um dos maiores clientes dessa divisão da Método é a Adidas, que está se preparando para a Copa de 2014 e adotando no Brasil três diferentes padrões de loja que possui no mundo. A empresa montou 10 lojas para a Adidas no ano passado e a meta este ano é chegar a 15 novas lojas. A consultoria Cushman&Wakefield faz um levantamento semestral do mercado de construções industriais. "Há uma retomada sutil. As empresas começam a olhar terrenos novamente", afirma Mario Sérgio Gurgueira, diretor da Cushman.
 
 
(Fontes: Valor Econômico/Vida Imobiliária)
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